terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Som “Prejudicado” do Purity Ring


Você, amigo amante da música, sabe o quanto é desesperador escutar aquele som que você ama só que bem baixinho porque seu vizinho é um pentelho e se você ousar em colocar no volume 2 ele vai reclamar e pedir pra você baixar. Ou então, você pode até aumentar, mas como o aparelho não é lá aquelas coisas, quanto mais você sobe o volume mais parece que a música é do Sonic Youth com participação do My Bloody Valentine. Se for um rap então, a cada batidão de grave, todos os outros instrumentos vão embora, o som distorce e as luzes do coitado piscam como se tivessem sugerindo que se a situação continuar assim vai rolar um apagão.

Ainda que essa experiência sonora seja bem desagradável, tem gente que se inspirou nisso pra fazer música e acreditem, ficou bem legal. O Purity Ring, duo canadense cujos integrantes são Corin Roddick e Megan James, se aproveita desse efeito que deveria ser evitado pra fazer a base das músicas do seu primeiro disco Shrines, lançado agora em julho de 2012. A cada batida de grave os instrumentos e até a doce voz da vocalista Megan ficam em segundo plano. Esse jeito peculiar de produzir música combina com o som intimista da dupla e o resultado é fascinante.

Se no seu caso, infelizmente o aparelho não ajuda muito mas pelo menos o vizinho não é um pentelho, pode escutar o Purity Ring bem alto. O defeito só vai melhorar o resultado.

Abraços, Mandio.
 

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